Os perigos ocultos na rota dos concursos: não caia nessas armadilhas

13/10/2015 Exatas Concursos Dicas de Estudos

Na busca pela otimização dos estudos, vemos matérias e fóruns em que os candidatos dizem utilizar substâncias químicas para conseguir resultados espetaculares, que promovam ganhos e auxiliem a manter a concentração.

Uma dessas substâncias é o Rivotril, um ansiolítico (calmante), da família dos chamados benzodiazepínicos como Lexotan, Diazepam e Lorax. Remédio tarja preta indicado no tratamento das crises epilépticas, distúrbio do pânico, fobia social, transtorno afetivo bipolar e contra depressão. Segundo matéria da Revista Superinteressante de 2010, o Rivotril era o 2º remédio mais vendido no país, à frente de nomes como Hipoglós e Buscopan Composto.

Os riscos no uso do remédio são de dependência química e psicológica. Na dependência química, o processo é semelhante ao gerado por drogas como álcool e cocaína. "Cerca de 80% das pessoas que usam benzodiazepínicos ficam dependentes em 2 ou 3 meses de uso", diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, de São Paulo. "E a maioria tem síndrome de abstinência se o remédio for tirado de uma hora para outra."

Outra droga comumente utilizada é a Ritalina, que deveria ser prescrita apenas para tratamento de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). A Ritalina não deve ser usada em pacientes com hipertensão grave, já que aumenta o batimento cardíaco e a pressão sanguínea.

Ainda como recurso para os estudos aparecem os energéticos, estimulantes que contém guaraná, ervas como ginkgo e ginseng, açúcar, aminoácidos, incluindo taurina e também vitaminas, sendo o principal ingrediente ativo a cafeína. Apesar de mais naturais, seu consumo pode ser perigoso e deve ser desencorajado em especial a pessoas que sofram de hiperatividade, diabetes, convulsões, alterações cardíacas ou distúrbios de humor e do comportamento. O risco de overdose pode resultar em convulsões, acidente vascular cerebral (AVC) e até mesmo morte súbita.

Não se engane. Rivotril, Ritalina ou energético estão longe de ser a solução para os estudos. É preciso entender o processo de aprendizagem. Segundo Hermann Ebbinghaus e Theodore Paul Wright, o processo de aprendizagem não é necessariamente linear. Ou seja, ao iniciarmos nossos estudos em determinado momento, haverá um ponto ótimo de aproveitamento, após o qual este contará com um comprometimento (curva de aprendizagem). Observar o momento em que o estudo já não está rendendo é saber aproveitar o tempo de forma mais adequada.

Da mesma forma, segundo o professor e neurologista Ivan Izquierdo “a sensação quase física que todos experimentamos alguma vez de que, ao acabar determinada atividade intelectual, como um período de estudo intenso ou uma aula, `não cabe mais nada em nossa cabeça´ corresponde a um fato real no plano da formação de memórias e consiste na ideia do limite da capacidade bioquímica instalada”, ou seja, o cérebro realmente satura após muito estudo.

Conseguir aquela concentração de monge tibetano não é fácil e não é do dia para a noite que se aprende, mas tudo é questão de treino e de atitude! E nesse ponto lhes afirmo com certeza: concurseiro sem disciplina não consegue aprovação! A verdadeira receita é essa: foco, determinação e muita disciplina!

“Leva tempo para se ter sucesso porque o sucesso é meramente a recompensa natural de se usar o tempo para se fazer bem qualquer coisa.” Joseph Ross

Matéria citada no texto: super.abril.com.br/ciencia/nacao-rivotril

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